Após a precariedade da qualidade de vida dos trabalhadores no auge da Revolução Industrial, as ideias acerca dos direitos trabalhistas cresceram e hoje garantem o bem estar do proletariado. Porem, segundo as teses de Karl Marx, no mundo capitalista onde o trabalhador é visto apenas como uma mão de obra, o passado não fica muito distante e a nova proposta de terceirização o aproxima ainda mais. Com o discurso de melhorar a economia, o Governo propôs a regulamentação da terceirização de serviços, a qual privilegia largamente as grandes empresas. Desse modo, com a finalidade de diminuir custos e burocracias, o projeto traz a legalização das atividades-fim, o que acarretaria a demissão de inúmeros trabalhadores contratados. Ademais, uma pesquisa feita pela Dieese informou que os terceirizados trabalham mais e recebem menos do que os demais profissionais, sendo assim, não há vantagens para a maioria da população. Posto isto, com a efetivação da proposta de lei, as relações de trabalho seriam ainda mais desumanizadas e a estratificação social mais intensa. Isso se deve, sobretudo, às relações não caracterizadas mais por trabalhador e empresa, e sim apenas entre empresários. Com isso, o retrocesso ao século XIX é previsível, principalmente em um sistema cujas condições de vida humana são facilmente trocadas por menos despesas para as companhias. De acordo com Marx, esse detrimento da classe trabalhadora só acontece devido ao trabalho alienado, em que a opressão da consciência humana é presente. Por isso, a sociedade civil deve ser responsável pela mobilização social e os sindicatos devem defender os interesses públicos, por meio de manifestações e greves. Além disso, por o Estado democrático ser sempre a favor do melhor para todos os grupos, é imprescindível que os representantes da lei analisem melhor a proposta e busquem pelas alterações necessárias.