Em 1943, durante o mandato de Getúlio Vargas, os trabalhadores brasileiros tiveram uma grande conquista: a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Todavia, apesar de mudanças serem necessárias para manter o país progredindo, a nova lei da terceirização promete ameaçar esses direitos trabalhistas. A terceirização, principalmente de atividades-fim, é vista de forma positiva por beneficiar os empresários, que terão uma diminuição de gastos com burocracia e departamento especializado na contratação de funcionários, por exemplo. Entretanto, essa medida é extremamente prejudicial à classe proletária, pois há diversas empresas de terceirização irregulares que não respeitam direitos trabalhistas (como benefícios, férias e licença maternidade), transformando em um trabalho exploratório. De acordo com uma pesquisa feita em 2013 pela DIEESE, o setor terceirizado oferece uma jornada de trabalho 7,5% maior que o setor contratante e um salário quase 25% menor, além de apresentar metade do tempo de emprego de uma pessoa contratada. Todos esses fatores contribuem para o aumento da desigualdade social, já que diminuem as chances de o trabalhador se estabilizar, evoluir dentro da empresa e, com o passar dos anos, mudar de vida. Desta forma, medidas devem ser tomadas para evitar a precarização do trabalho no Brasil. Para isso, o Legislativo deve retificar a lei, revogando a possibilidade de terceirização das atividades-fim. Ademais, o Ministério do Trabalho deve investir na fiscalização das empresas prestadoras desses serviços, permitindo que os trabalhadores de atividades-meio e serviços temporários tenham seus direitos garantidos.