Desde o século XVIII, com a ascensão do capitalismo e a Primeira Revolução Industrial, as relações entre trabalhadores e empregadores foram marcadas por conflitos que opunham interesses bastante divergentes. Atualmente, muita coisa mudou, mas as lutas sindicais continuam. Nesse ínterim, a ampliação da terceirização só tende a prejudicar a classe média, tendo em vista a exploração empresarial em consonância com a falta de fiscalização estatal. Segundo Lincoln, uma cédula de voto tem mais poder que um tiro de espingarda. Nesse sentido, a melhoria das condições e oportunidades de trabalho dependem da consciência dos políticos e dos eleitores saberem escolher melhor seus representantes. Aliás, os grandes empresários muitas vezes tiveram apoio dos governos para impor estruturas que exploram a mão de obra demasiadamente. Além disso, os dados do DIEESE apontam que os empregados terceirizados trabalham mais e ganham menos que os contratados, mostrando que tal relação só beneficia os empresários. Outrossim, a CLT - instituída no governo de Getúlio Vargas-, prevê vários direitos à classe trabalhadora, todavia a ampliação da terceirização só faz desconsiderar tais conquistas. Há, ainda, uma ineficiente fiscalização por parte do Estado das reais condições de emprego dessas pessoas que labutam diariamente e são menos reconhecidos que os contratados. A ampliação da terceirização não é, portanto, uma solução para o atual cenário de crise, mas um sucateamento dos direitos trabalhistas. Para reverter esse quadro, os Governos Estaduais e Municipais têm que procurar aumentar o número de contratados por meio do concurso público, admitindo profissionais habilitados e garantindo-lhes condições dignas de trabalho. Ademais, a mídia, por intermédio da televisão, rádio e internet deve promover a conscientização da população sobre a realidade desse projeto de lei, promovendo palestras com especialistas na referida área. Só assim o país poderá oferecer melhores condições à classe média.