Jornadas de trabalho de 14 horas diárias. Sem férias. Salários baixos. Essa realidade só foi revertida durante o governo de Vargas com a criação da CLT -consolidação das leis trabalhistas- que assegurou jornada de trabalho de oito horas, férias remuneradas e FGTS. No entanto, com a atual crise econômica e o alto índice de desemprego, foi aprovada a Lei 4303 que permite a terceirização da mão de obra, ampliando as vagas no mercado de trabalho e sucateado os direitos trabalhistas. Segundo um estudo feito pela CUT (central única dos trabalhadores) em 2013, os trabalhadores terceirizados trabalham em média três horas a mais que os contratados diretos e ao mesmo tempo, ganham 25% a menos. Ademais, há um aumento do risco de acidentes no ambiente de trabalho, visto que, não há investimentos para o treinamento e a qualificação profissional por parte da empresa contratante. Outrossim, a redução dos custos da mão de obra e o aumento da produtividade são vantagens para os empregadores, em contrapartida, ocorre redução nos salários, nos benefícios e nas garantias para os empregados. Desse modo, evidencia-se a luta de classes, defendida por Karl Marx. Infere-se, portanto, a necessidade do legislativo criar leis que amparem os direitos dos trabalhadores, regulamentando jornadas de trabalho, salários mínimos e o direito à férias remuneradas. Os sindicatos com apoios da polícia federal fiscalizem as empresas, com o objetivo de verificar as condições trabalhistas. Além disso, os sindicatos promover palestras a fim de lembrar os trabalhadores de seus direitos e deveres.