A terceirização ocorre quando uma empresa, em vez de contratar funcionários, paga para que uma outra preste os serviços solicitados. Desse modo, os trabalhadores são funcionários da terceirizadora, tem seu salário e direitos trabalhistas pagos por ela, mas prestam sua mão de obra a outro órgão. Logo, caracteriza-se uma maneira de explorar os cidadãos trabalhadores. A terceirizadora, no intuito de gerar lucro, paga um ordenado muito menor se comparada com os que contratam diretamente o funcionário. Dessa maneira, temos uma exploração ao trabalhador semelhante à exploração sexual, caraterizada pelo ato da contratação de uma prostituta (trabalhador que receberá um valor “x”) por um cafetino (terceirizadora encarregada por vender o trabalhador por “2x” e pagar pelos seus serviços) que irá distribuí-la entre os clientes (empresas contratantes da terceirizadora). Analogamente, o funcionário é tratado como um objeto que é comprado na distribuidora por um preço e vendido por um valor duas vezes maior. Ademais, a terceirizadora fica responsável pela demissão e gerenciamento dos trabalhadores, logo, quando uma empresa contratante decide desligar um empregado ela só precisa solicitar isso junto à contratada, e as devidas providencias serão tomadas. Nesse sentido, quem contrata é dotado de um maior controle sobre seus funcionários, já que agora a demissão não lhe custa mais dinheiro. É inegável a ineficiência da proposta de terceirização, já que uma terceira empresa entrará no processo e também necessitará de lucros, e então um dinheiro que já era pouco para ser divido entre dois, empresa e funcionário, agora será dividido em três, empresa, funcionário e terceirizadora. Portanto, é necessário que a terceirização seja vetada com o intuito de evitar explorações trabalhistas resultantes dela. Outrossim, a demissão de empregados que se provem desqualificados deverá ser facilitada por meio da inserção de taxas, para que medidas radicais como a de terceirização sejam evitadas...