Título da redação:

Luta de classes contemporânea

Proposta: Terceirização da mão-de- obra: solução para a crise ou sucateamento dos direitos trabalhistas?

Redação enviada em 23/06/2018

No estilo literário naturalista, um dos principais autores Aluísio Azevedo, em “O cortiço”, relata que diante de um ambiente degradado, às vezes, os indivíduos se tornam irracionais.O reconhecimento dessa tendência como violação dos Direitos Humanos desde o século XX delineia um retrocesso trabalhista nos dias atuais. Ao analisar essa questão, tanto nota-se a necessidade do trabalhador em aceitar tais mudanças quanto uma minoria que se beneficia do regresso. Dados tais fatos, é evidente a necessidade de mudanças da realidade brasileira. É inquestionável que o país passa por uma grave crise econômica, por conseguinte o número de desempregados tende a aumentar, que revela transtornos constitucionais. De maneira que o proletariado é obrigado a aceitar qualquer emprego em busca de estabilidade, sem muito questionar os seus direitos trabalhistas como direito ao décimo terceiro salário e férias remuneradas, uma vez que precisa sustentar sua família. Eis aqui a triste realidade do cotidiano brasileiro, em que a população possui grandes jornadas de trabalho, produz mais e ganha menos em serviços temporários, assemelhando-se com a ideologia da Mais Valia do sociólogo Karl Marx, em que o maior beneficiado é o empregador, pois paga salários irrisórios para a atividade prestada perante o seu lucro exorbitante. Sob esse viés, pode-se apontar como um empecilho políticos que preocupam apenas com os seus próprios interesses, como ao aprovar a lei da Terceirização, esquecem-se da grande massa oprimida, porque na teoria, deveria defendê-la quanto às suas necessidades legislativas. Inclusive fazem uso frequente de trabalhos terceirizados, consoante a serviços gerais com a finalidade de diminuir custos em instalações públicas e também em suas propriedades privadas, demonstra um retrocesso em frente da Consolidação das Leis to Trabalho (CLT) sancionadas por Getúlio Vargas. Reforçando a ideia da escritora brasileira Carolina Maria de Jesus, a qual diz que os políticos depois de eleitos divorciam-se do povo. Olhando-os com os olhos semicerrados, o que fere a sensibilidade da população. O Estado, portanto, por seu caráter socializante e abarcativo deverá promover políticas públicas trabalhistas que visem o bem-estar da classe trabalhadora. Como diz Chico Buarque, ergueu-se um patamar quatro paredes mágicas, tijolo com tijolo num desenho lógico, construiu-se um país como se fosse sólido. Então, através do Três Poderes: Legislativo, Judiciário e Executivo, principalmente, cabe ao Legislativo com o Ministério do Trabalho medidas para enfraquecer a terceirização da mão de obra já existente e vetar a lei da Terceirização. Além disso, concerne ao Judiciário a fiscalização do cumprimento dos direitos para todos o trabalhadores. A mídia (o quarto poder) deverá informar a sociedade por meio de campanhas televisivas acerca de seus direitos trabalhistas. Somente assim contruir-se-á um Brasil com quatro paredes sólidas.