O Brasil encontra-se em uma situação precária, passando por um período de crise. Em março de 2016 foi aprovada, em votação no Congresso Nacional, a Terceirização para executar atividades-fim de empresas. Por um lado, alguns estão otimistas e tendo uma visão positiva sobre tal aprovação, pois estão fartos do estado em que o país se encontra e enxergam a terceirização como uma saída. Entretanto, não é bem assim. E convém analisarmos os efeitos posteriores dessa medida. Com tal aprovação, os empresários preferirão contratar trabalhadores terceirizados do que trabalhadores formais, devido ao fato de que ao empregar terceirizados, não terão que cumprir com os direitos ao trabalhador declarados na CLT, podendo diminuir seus salários e aumentar as cargas horárias. Devido ao capitalismo presente na sociedade brasileira, empregadores tendem a visar o lucro obtido em negociações laborais ao invés de levar em consideração questões sociais e humanitárias. Segundo André Malraux, "A cultura sob todas formas de arte, de amor e de pensamento, através dos séculos, capacitou o homem a ser menos escravizado". E ao aprovar tal medida, o país acaba sofrendo um retrocesso, tendo os plenos direitos trabalhistas, outrora conquistados pelo proletariado por meio de diversas revoluções, negados. Desse modo, é necessário que haja uma maior reflexão sobre o tema por parte da população, estimulada por campanhas no intuito de informar os cidadãos sobre o que de fato está ocorrendo, havendo maior conscientização e resultando em reivindicações por parte dos trabalhadores, em prol de seus direitos. O governo, por sua vez, deve reformular tal medida e, assim como o restante da população, procurar maior justiça e igualdade no que diz respeito a leis que afetam os brasileiros como um todo.