Karl Marx dedicou seus estudos para a luta de classes preconizada pela diferença entre a burguesia e o proletariado. Trazendo sua fala para os dias atuais, terceirizar é aumentar ainda mais o abismo entre o opressor e o oprimido. Assim, o processo de terceirização da mão de obra é uma precarização das condições de trabalho e uma medida de curto prazo para resolver o desemprego. A terceirização extingue os vínculos entre o empregador e o empregado, havendo uma empresa prestadora de serviços entre ambos. Há quem diga que esse projeto irá amparar os trabalhadores, empregando mais, toda via, trabalhadores terceirizados recebem um menor salário, menos estabilidade e paradoxalmente, trabalham mais horas. Esse projeto em longo prazo pode resultar na reitificação do trabalhador, haja visto que sua estabilidade vem do fato de a empresa contratante não estar vinculada ao trabalhador. Ademais, essa medida não irá ajudar na crise, muito menos no desemprego, pois ela pode ser, como dizem, o setor que mais emprega, mas também é um dos que mais desemprega ao mesmo tempo. Isto é baseado em pesquisar, como por exemplo, a da CUT (central única dos trabalhadores) que mostra que o tempo de emprego de um terceirizado é, em média, de dois anos. Terceirizar não cria mais empregos, mas sim causa um rodízio de trabalhadores, que ora estão empregados, ora desempregados. Essa medida de curto prazo só irá aumentar, parafraseando o Marx, a mais - valia. É evidente, portanto, que terceirizar é um sucateamento dos direitos trabalhistas, visto as condições que são impostas aos trabalhadores. Uma das alternativas para melhorar a terceirização é serem mantidas as condições de trabalho, onde o trabalhador recebe o salário segundo as horas prestadas. Também, as empresas prestadoras de serviço devem ajudar o trabalhador a terem um maior tempo de emprego, podendo oferecer a eles cursos profissionalizantes, que assim será garantida uma maior estabilidade.