Uma das medidas recentemente aprovada pela Câmara dos Deputados para ajudar na reestruturação da economia brasileira, que está passando por uma turbulenta crise, é a lei da terceirização. Seus aspectos apresentam uma solução efetiva que, a curto e médio prazo, irão gerar mais empregos, porém seus benefícios poderão agravar problemas sociais como a distribuição de renda e o preconceito, que mantemos desde o período colonial. Após ser aprovada pelo Presidente da República, poderá ocorrer uma rápida, extensa e diversificada oferta de emprego nos mais variados ramos, o que incentivará a regularização dos microempreendedores e também a educação técnica para qualificação profissional, pois comparada ao curso superior, possui menos carga horária. Porém, a realidade do mercado não valoriza os profissionais técnicos como deveriam. Uma parcela expressiva das empresas apreciam mais um certificado de conclusão de faculdade que um de curso técnico. Isso significa que para preencher um cargo qualquer, infelizmente leva-se em consideração o caminho para a obtenção do conhecimento e não o conhecimento propriamente dito. Sem o devido reconhecimento, a valorização do trabalho com um piso salarial digno e a oportunidade de crescimento profissional serão cada vez mais difíceis. Logo, para que se evite as ascensões possíveis de problemas sociais, causada pela lei, é necessário o trabalho em conjunto do Poder Legislativo, Executivo e Judiciário, junto com os sindicatos e a população, na criação de leis de proteção aos trabalhadores terceirizados, sua valorização, o combate à discriminação e à desigualdade de crescimento profissional. Dessa forma, além de restabelecer a economia, poderemos extinguir de vez e começar a escrever a história do Brasil sem reescrever desprezíveis fatos históricos.