Título da redação:

A nova Luta de Classes

Proposta: Terceirização da mão-de- obra: solução para a crise ou sucateamento dos direitos trabalhistas?

Redação enviada em 14/06/2018

No estilo literário naturalista, um dos principais autores Aluisio Azevedo, em “O cortiço”, relata que diante de um ambiente degradado, às vez, os indivíduos se tornam irracionais.O reconhecimento dessa tendência como violação dos Direitos Humanos desde o século XX delineia um retrocesso trabalhista nos dias atuais. Ao analisar essa questão, tanto nota-se a necessidade do trabalhador em aceitar tais mudanças, quanto uma minoria que se beneficia do regresso. É inquestionável que o país passa por uma grave crise econômica, por conseguinte o número de desempregados tende à aumentar cada vez mais,que revela transtornos constitucionais.De maneira que o proletariado é obrigado à aceitar qualquer emprego em busca de estabilidade, sem muito questionar os seus direitos trabalhistas,uma vez que precisa sustentar sua família. Eis aqui a triste realidade do cotidiano brasileiro, em que a população possui grandes jornadas de trabalho, produz mais e ganha menos em serviços temporários, se assemelhando com a ideologia da Mais Valia do sociólogo Karl Marx, onde o maior beneficiado é o empregador, que paga salários irrisórios para a atividade prestada perante o seu lucro exorbitante. Sob esse viés, pode-se apontar como um empecilho, políticos que preocupam apenas com os seus próprios interesses, como ao aprovar a lei da Terceirização, se esquecem da grande massa oprimida, que na teoria deveria defendê-la quanto às suas necessidades. Inclusive fazem uso frequente de serviços terceirizados em instalações públicas e também em suas propriedades privadas, o que demonstra um retrocesso frente à Consolidação das Leis to Trabalho (CLT) sancionada por Getúlio Vargas. Reforçando a idéia da escritora brasileira Carolina Maria de Jesus, a qual diz que os políticos depois de eleitos, divorciam-se do povo. Olhando-os com os olhos semicerrados, o que fere a sensibilidade da população. O Estado, portanto, através de seu caráter socializante e abarcativo deverá promover políticas públicas trabalhistas que visem o bem-estar da classe trabalhadora. Como diz Chico Buarque, ergueu-se um patamar quatro paredes mágicas, tijolo com tijolo num desenho lógico, construiu-se um país como se fosse sólido. Então, através do três poderes: Legislativo, Judiciário e Executivo, principalmente, cabe ao Legislativo junto ao Ministério do Trabalho medidas para enfraquecer a terceirização da mão-de-obra já existente e vetar a lei da Terceirização. Além disso, concerne ao Judiciário ações como a fiscalização das providências tomadas anteriormente, para que as mudanças ocorram de fato. A mídia (o quarto poder) deverá informar a sociedade por meio de campanhas televisivas acerca de seus direitos trabalhistas. Somente assim contruir-se-á um Brasil com quatro paredes sólidas.