A tatuagem é, certamente, uma grande expressão da personalidade, de sentimentos e emoções do indivíduo que a possui, visto que a mesma permanecerá marcada em seu corpo pelo resto de sua vida. No entanto, setores conservadores da sociedade observam esta prática de forma negativa, gerando preconceitos e, consequentemente, empecilhos no convívio social de pessoas tatuadas. Talvez pelo fato das tatuagens serem bastante disseminadas em presídios, criou-se, de forma errônea, o estereótipo de que todo tatuado é marginal ou bandido. Isso não passa de um grande preconceito, pois tatuagens podem ser usadas por toda a sociedade. Médicos, advogados, professores e entre outros profissionais não devem ser discriminados por apresentarem essas marcas no corpo, dado que o que importa é a capacitação profissional, que independe disso. Entretanto, é comum que as pessoas procure não deixar evidente essas marcas(fazendo desenhos discretos ou em lugares que possam ser facilmente cobertos com roupas), pois sabem que possuí-las causa, muitas vezes, má impressão. Recentemente, as tatuagens ganharam mais uma função: o empoderamento feminino. É cada vez mais comum encontrarmos mulheres tatuadas, o que começa a "quebrar regras", onde só homens podiam realizar tal prática. O ato de se tatuar pode significar independência, força e poder, fornecendo às mulheres a sensação de maior autonomia. A tatuagem ganha maior espaço na contemporaneidade assim como as mulheres; nada mais justo, portanto, que o aumento do número de mulheres tatuadas. Portanto, para que a prática de se tatuar seja vista no seu sentido real (formação de personalidade), sem preconceitos, é imprescindível que o Estado trabalhe juntamente com a mídia(por meio de propagandas e publicidades), desmistificando a visão de que todo tatuado é marginal. É necessário também a criminalização da discriminação de pessoas tatuadas na oportunidade de emprego. Dessa forma, a sociedade se tornará mais justa com esse grupo.