Título da redação:

Tatuagem Moral

Proposta: Tatuagem: modismo ou formação de identidade

Redação enviada em 29/05/2016

Desde sua institucionalização com a instauração da democracia, a liberdade de expressão tem sido defendida como direito inalienável de todo ser humano. No entanto, ainda resiste uma barreira moral que impede e descrimina expressões artísticas genuínas, as tatuagens. Resgatar origens indígenas é, atualmente, só uma das funções das tatuagens. Esse tipo de arte corporal, tornou-se extensão da personalidade, estampam na pele gostos, aspirações, homenagens e, indeferindo gênero, classe social e formação profissional promovem a diversidade e a aceitação. Conquanto, devido sua popularidade nos presídios no século anterior, a visão marginalizada da técnica tem perdurado. O preconceito tem condenado tatuados nas seletivas de emprego, minando suas chances a primeira vista, e frequentemente tem afastado funcionários de cargos públicos, como professores, enfermeiros e médicos. Conservadores repugnam os adeptos as tatuagens, contrariando às ideais otimistas do filósofo Voltaire do século XVIII, que defendem o direito a expressão livre e que ajudam a manutenção do mesmo. Para a erradicação de pensamentos como esses, faz-se necessário a atualização dos mecanismos de denúncia trabalhista pelas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego além da propagação de conhecimento histórico sobre esse tipo de arte, através de museus e eventos integrativos desenvolvidos pelo Ministério da Cultura, para que assim possa-se cobrir a mancha moral da intolerância com uma bela imagem da diversidade.