A tatuagem passou quase todo o século XX sofrendo preconceito. Esse problema, herdado da Idade Média, diminuiu no pós-moderno, contribuindo à formação de identidade pessoal em um mundo globalizado, entretanto, a ligação tatuagem-marginal ainda prevalece nas camadas mais conservadoras da sociedade. No contemporâneo, o preconceito com a tatuagem tem laços religiosos e afeta, até mesmo, a carreira profissional das pessoas. A igreja, na Idade Média, demonizava o ato de tatuar o corpo, parte desse pensamento arcaico e preconceituoso se manteve até os dias atuais e interfere gravemente no bem-estar da sociedade. A exemplo disso, não é raro um tatuado perder a vaga de emprego por ''não apresentar o perfil da empresa'', ou mesmo, ser expulso de certos locais, como noticiado pelo site G1, onde um jovem negro e tatuado foi excluso de um estabelecimento por ser considerado, a primeira vista, marginal. Em contraponto a esse preconceito, cada vez mais a sociedade dilui a relação tatuagem-delinquente. A pintura corporal, aos poucos, passa a ser vista pelo que realmente é, uma expressão artística de identidade pessoal. Essa visão,liberal e justa, foi impulsionada por pessoas que influenciam a sociedade (atores, jogadores, cantores, por exemplo) e que também utilizam a pintura corporal, muito além do simples modismo, como forma de expressar uma identidade única. Dado o exposto, é fato que o pensamento arcaico ,em relação ao tatuado, prejudica o bem-estar social.Nesse ponto, organizar exposições patrocinadas pelo governo, através das escolas, sobre pintura corporal e história da tatuagem, é uma boa opção para acabar com o preconceito, e , ao mesmo tempo, demonstrar que a pintura corporal é uma forma de expressão artística atual da identidade pessoal.