Não há dúvida que os costumes e as tradições tendem a mudar com o passar dos anos. Dessa forma, vistas há algumas décadas como prática exclusiva de classes marginalizadas, atualmente, as tatuagens estão cada vez mais incorporadas à sociedade atuando como formadoras de identidade individual e social. Na segunda metade do século XX era extremamente improvável encontrar alguém com tatuagens sem que essa pessoa estivesse associada a tribos sociais como punk, motoqueiros ou outras categorias marginalizadas como criminosos e ex-presidiários. Isso fez com que, por muito tempo, fosse perdurado o estereótipo de que as tatuagens estão sempre associadas à pessoas de má índole. Felizmente, isso tem mudado, com a passagem para o século XXI e os adventos proporcionados pela globalização, o número de pessoas comuns com tatuagens cresceu notavelmente. Além disso, é importante citar que isso ocorreu concomitantemente à desmarginalização da profissão de tatuador, que atualmente é colocada lado a lado com outras diversas classes de artistas. Mesmo assim, é natural que os com visões mais conservadores sintam certo desconforto ao adaptar-se à nova tendência. Dessa forma, é necessário ter em mente que, assim como em muitos outros casos, a questão das tatuagens não é mais vista socialmente como era há algum tempo no mundo ocidental. Não se pode julgar a índole e o caráter de um indivíduo por simples marcas no corpo.