Ao longo do processo histórico, a marca de expressão corporal representou diversas formas de expressão e pensamento. Durante as épocas tribais, a tatuagem representava a posição social de cada membro da tribo, como militares que vão ganhando prestígios conforme os seus atos heroicos e de coragem. Com isso, surge a introdução da tatuagem na sociedade, no entanto, essa marca de expressão corporal ainda enfrenta uma série de adversidades, seja pelo preconceito da sociedade, seja pelo âmbito profissional. É indubitável que a tatuagem representa uma identidade do indivíduo na sociedade. Nesse sentido, observa-se que as pessoas utilizam da tatuagem como forma de expressão de ideias ou momentos vividos, visto que, a tatuagem registra nas pessoas uma marca corporal definitiva, e consequentemente dificultando sua exclusão. Além disso, a tatuagem possui contornos e desenhos exatos e minuciosos, sendo considerada por muitos indivíduos como uma ''arte moderna''. Outrossim, destacam-se os desafios enfrentados pelas pessoas tatuadas. De acordo com Durkheim, a partir do momento que o indivíduo se encontra na vida social, ele passa articular estruturas de pensar e agir. De maneira análoga, é possível perceber que a sociedade ainda possui o pensamento de discriminação de pessoas com tatuagem, uma vez, que nos meados dos anos 60, a tatuagem era bastante disseminada em setores violentos, gerando um estigma de arte marginal. Além disso, no campo profissional ainda é comum não contratarem pessoas com tatuagens, esse preconceito causa desgastes psicológicos e prejudica principalmente a área profissional do indivíduo tatuado. Entende-se, portanto, que é necessário haver um equilíbrio entre a tatuagem e a sociedade. A fim de atenuar o problema, o órgão governamental -Ministério do Trabalho- aliados às empresas, deve elaborar um plano de palestras e discussões afim de minimizar o preconceito das tatuagens nas empresas. A mídia deve veicular campanhas de abrangência nacional que ilustra a importância da tatuagem como forma de identidade, diminuindo o preconceito dessa lógica excludente. A Secretária Municipal de Educação dos municípios em parceria com as escolas, deve promover palestras com psicólogos e alunos, com intuito de discutir o contexto simbólico-social da tatuagem. Dessa forma, haverá uma harmonia entre a tatuagem e a sociedade.