Durante vários séculos da história o ato de pintar o corpo de maneira indelével (a tatuagem) originou-se em vários contextos e obteve diversos significados, os egípcios, por exemplo, utilizavam essa marca para homenagear seus deuses e exaltar a fertilidade da mulher, em contrapartida os hebreus, povo contemporâneo aos egípcios, abominavam as pinturas corporais tratando-as como vandalismo do próprio corpo. Na contemporaneidade, não é difícil imaginar que esses dilemas tenham permanecido ao longo dos anos, contudo a tatuagem hoje é feita por vontade própria, a fim de eternizar algum momento, uma frase, um ídolo ou um desenho. Nessa perspectiva, evidencia-se inúmeros casos de preconceito com os tatuados, porém a cada dia consegue-se novos adeptos em consequência do modismo que se tornou. Embora com o advento das tecnologias de informação e o aumento de adeptos tenha diminuído o preconceito entranhado na sociedade, nota-se que inúmeros casos de desrespeito ainda são visíveis, em especial na hora de obter um emprego. Uma vez que há ainda uma retração de patrões em contratar pessoas tatuadas ou por aspectos religiosos ou por aspectos históricos, visto que para essas pessoas alguém tatuado é um potencial criminoso ou pecador. Com isso, inúmeros de casos de desrespeito ainda são visíveis em pleno século XXI como, por exemplo, um candidato que foi eliminado de um concurso da Polícia Militar de São Paulo por ter parte do braço tatuado, acusado de possuir traços de personalidade incompatíveis com a vida militar, fato que comprova o preconceito na vida de pessoas que portam tatuagens e sofrem por isso. No entanto, com o crescimento das tatuagens, a técnica é associada ao modismo. Isso por que, muitas pessoas influenciadas pela televisão e internet, acabam tornando-se reflexos de muitos cantores e atores que costumam mostrar sem pudor suas tatuagens através da mídia e redes sociais. Algo que gera um desejo incontrolável de marcar o corpo, muitas vezes, ocasionando arrependimento por parte do tatuado. Em consequência disso, deve-se usar o princípio da cautela antes de fazer essa marcação que mesmo com todas as técnicas atuais ainda é impossível ser apagada totalmente. Fica claro, portanto medidas são necessárias para resolver o impasse. Para tanto, é fundamental que o Ministério do Trabalho realize palestras em empresas realizadas por psicólogos e técnicos trabalhistas, informando e mostrando que nenhum desenho corporal interfere no caráter de qualquer indivíduo. Ademais, o MEC deve instituir nas escolas, projetos de capacitação de professores, através de cursos e dinâmicas, para que esses possam formar jovens mais críticos e menos preconceituosos com outro. Tais medidas, tomadas por meio de uma ação conjunta poderão formar atores sociais de qualidade.