Desde o período neolítico, o ser humano desenha símbolos em seu corpo como forma de identificação. Isto prosseguiu ao longo da história da humanidade, sendo a tatuagem uma maneira de representar o guerreiro, o prisioneiro, a tribo, a arte, a religião e etc. Até hoje a tatuagem é utilizada como instrumento de identificação e personalidade do indivíduo, motivo porque a escolha de fazê-la deve ser respeitada por todos. Atualmente, embora alguns indivíduos tatuem o corpo para exprimir situações passageiras, tais como, a escrita do nome do namorado (a), a tatuagem é um procedimento em que são utilizadas técnicas de pigmentação da derme, o que torna o símbolo tatuado praticamente definitivo, exigindo reflexão por parte dos indivíduos, os quais não devem fazê-la para representar modismos da coletividade. Além disso, deve-se considerar o aspecto social desta questão. Ainda no século XXI, em um Estado de Direito, no qual deveriam prevalecer os direitos e garantias fundamentais, existem pessoas que encaram a tatuagem como símbolo de marginalização ou que a associam a indivíduos que não regram suas vidas e não buscam o conhecimento, o que poderia ser um indício de baixa produtividade no trabalho e, assim, comprometer o bom desempenho laboral. A fim de que a tatuagem não venha a ser feita pelo jovem simplesmente para aderir às tendências de moda e, também, para que futuramente tenhamos mais adultos livres deste tipo de preconceito, é preciso que o ambiente escolar aja em conjunto com os pais, no sentido de promoverem debates e reflexões sobre definitividade da tatuagem e, sobretudo, sobre o respeito que se deve ter com os demais indivíduos, independentemente, de suas desigualdades. Dessa forma, sendo a tatuagem encarada pela sociedade de forma natural, como instrumento de representação dos aspectos intrínsecos do ser humano, relacionados as suas particularidades, é possível que sejam minimizadas as atitudes retrógadas e preconceituosas a ela relacionadas, tornando o universo humano mais justo e igualitários, de forma que seja mais tranquilo e harmonioso o convívio em sociedade.