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Redação sem título.

Proposta: Tatuagem: modismo ou formação de identidade

Redação enviada em 09/05/2016

Há 5300 anos, com mais de cinquenta marcas em seu corpo, o homem Otzi, fazia inveja a qualquer fanático por tatuagens nos dias de hoje. Essa prática também registrada entre os egípcios, tribos indígenas, marinheiros ingleses e tavernas frequentadas pela “escória”, expressavam práticas religiosas, rituais de passagem, elementos da natureza e aventuras compartilhadas. Muitos séculos se passaram e o desejo de tatuar os membros do corpo vem crescendo assustadoramente, pois há um significado de beleza e estilo atraindo adeptos de todas as idades e quebrando paradigmas. Além disso, o seu tom contestatório ultrapassou barreiras tornando-se um símbolo de ousadia e personalidade. Nos últimos anos, a tatuagem tornou-se uma moda entre muitos indivíduos no Brasil. De acordo com a Revista Super Interessante, o primeiro censo de tatuagem feito no país, obteve resultados surpreendentes. Das 59,9% mulheres tatuadas em todo o mundo, 51% são brasileiras de diferentes idades. Esse número revela o avanço feminino diante de uma prática que por muito tempo esteve ligada a homens pertencentes às minorias e aos jovens usuários de drogas ilícitas. Segundo a pesquisa, dos 48,2% que possuem marcas corporais no planeta Terra, 9% são jovens entre 19 e 26 anos de idade, constatando mais uma vez que o uso da tatuagem foi incorporado aos ideais da cultura ocidental. O preconceito e o uso de tatuagens têm estado cada vez mais distantes. Ao findar-se um curso do ensino superior, milhares de recém-formados vão à procura do primeiro emprego, porém antes de serem efetivados ou desclassificados existe a necessidade de se passar por uma entrevista e nela serão observadas aspectos estéticos, como por exemplo, o uso de tatuagens. Durante muito tempo, todo e qualquer indivíduo que apresentasse estigma em áreas não expostas, era eliminado imediatamente, todavia tal atitude tem sido mudada. Prova disso é a escolha dos “ âncoras” Mari Palma e Cauê Fabiano, figuras oriundas do portal de notícias do Grupo Globo que esbanjam o uso de tatuagens e piercing em rede nacional. Para que o uso de tatuagens seja crescente e não discriminado, o Governo Federal juntamente com as mídias em geral devem promover campanhas que incentivem a liberdade de todas as classes sociais no que diz respeito ao seu próprio corpo e que não venham ferir a Constituição. Ademais, deve-se elaborar leis que permitam o acesso de pessoas com marcações corporais em ambientes corporativos, valorizando o indivíduo pela sua formação e não pela sua aparência.