Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Tatuagem: modismo ou formação de identidade

Redação enviada em 26/04/2016

Em 1991, foi encontrada uma múmia de 5000 anos atrás que possuía 57 tatuagens, além disso, egípcios, romanos, indígenas, marinheiros, sempre marcaram o corpo com diferentes finalidades. E há quem diga que a tatuagem é um fenômeno da sociedade contemporânea. O fato é que, seja por autoafirmação, por reconhecimento, por uma caracterização social ou para marcar momentos da vida, a tatuagem é hoje uma demonstração de liberdade individual que apesar de ter adquirido amplo espaço na sociedade ainda é alvo de preconceito. A tatuagem já foi usada para marcar escravos no império romano, membros da máfia Yakuza no Japão, prisioneiros durante a segunda guerra e já foi proibida pelo papa Adriano I, por reconhecê-la como demoníaca. No Brasil, o responsável por disseminar a cultura da tatuagem foi o dinamarquês conhecido com Lucky Tattoo, que chegou ao Brasil na década de 50 e por atender próximo ao Porto de Santos, famosa zona boêmia e de prostituição, a tatuagem ganhou uma visão depreciativa no país. O preconceito que cerca as tatuagens advém principalmente de dogmas religiosos e pelo histórico cultural em que as marcas corporais eram muitas vezes associadas à grupos criminosos. Essa visão desvalorizada tem como reflexo a descriminação do tatuado, principalmente no âmbito empregatício, no qual o caráter e competência profissional ficam em segundo plano no momento da contratação. A tatuagem é, portanto, um mecanismo de expressão que deve ser refletido antes de ser realizado, visto que trata-se de uma marca permanente que pode gerar arrependimentos. Por meio da educação e da publicidade positiva em torno do tema é possível que haja revisão de valores e respeito à pluralidade cultural, promovendo redução da descriminação com aqueles que se expressam por meio das marcas corporais.