Em 1500, com a chegada da primeira esquadra portuguesa ao Brasil, encontraram-se povos organizados em diversas tribos. Muitos desses núcleos pintavam os corpos de maneira singular, para assim propor uma unidade entre integrantes do mesmo clã. Entretanto, atualmente a tatuagem vem ganhando notoriedade como elemento para a formação individual, contudo a aura em torno desta arte ainda carrega tabus. A sociedade contemporânea atribuiu nova roupagem para diversos símbolos; um desses atos que ganhou novo significado foi o de gravar determinados desenhos sobre a pele. O que outrora foi usado para integração de determinados grupos, nos dias atuais é utilizado para constituição da personalidade singular. Isto se deu devido à passagem da solidariedade mecânica para à orgânica proposta por Durkheim, o qual previu uma crescente valorização do sentimento individualista em detrimento do coletivo. Não obstante, mesmo tendo se tornada popular em diversos setores da sociedade, a tatuagem ainda se vê submetida aos tabus das alas mais conservadoras. Por ter se difundido primeiramente entre marinheiros de baixo escalão e presidiários, ela carrega na sua origem a marginalização sofrida por esses grupos. Porém, atualmente vem sendo incorporada por integrantes dos mais variados níveis sociais, mas que ainda assim sofre com os preconceitos perpetuados por algumas pessoas. Em suma, infere-se que a tatuagem se tornou importante elemento na sociedade do século XXI e, para resolução dos problemas que depreciam esta pratica, fazem-se necessárias diversas medidas que levem à desconstrução do senso comum. O Estado, por meio de campanhas realizadas pelo o Ministério da Cultura, deve distribuir cartilhas que estimulem os debates sobre este tema na sociedade civil. Em junção a isso, a mídia deve inserir esta problemática como temas de novelas e propagandas de forma que leve à reflexão sobre velhos preconceitos. Pois somente quando cada cidadão se ver livre de seus preconceitos, poderemos aspirar uma sociedade mais justa.