O corpo social brasileiro vivenciou seus primeiros contatos com a tatuagem através de marinheiros e criminosos, o que fez emanar na população o conceito daquela como arte marginal. Ao longo dos anos, com a evolução humana, a sociedade tem vivenciado metamorfose na objetivação da produção de tatuagem, que vem sendo cada vez mais abundante na sociedade brasileira, disseminada como modismo cultural. No entanto, parte da população ainda considera aquela como estigma marginal, discriminando os usuários de tatuagem. Na sociedade contemporânea, a maioria das pessoas utiliza tatuagem objetivando a produção de um adorno por charme ou modismo, diversificando a cultura brasileira, contudo, são muitas vezes discriminadas por boa parte da população que julga os estigmados como marginalizados relacionados ao uso de drogas, atos ilícitos e entre outros, em diversos âmbitos. Segundo o projeto (Lei 1582/07) é proibido qualquer método discriminatório e limitativo de acesso a emprego relacionado ao uso de tatuagens ou piercing .No obstante, de acordo com pesquisas feitas na Scielo, 10% dos usuários de tatuagem decidem removê-la devido ao imenso preconceito que sofrem nas relações sociais, que muitas vezes ocasionam àqueles prejuízos que os decepcionam e que ocorrem principalmente no mercado de trabalho. Sabe-se que a mídia também influencia bastante a visão primitiva e conservadora religiosa da população à tatuagem, pois é notório que em boa parte de novelas, filmes e seriados os protagonistas considerados como ‘vilões ou marginalizados’ são sempre cheios de tatuagens, enquanto os ‘mocinhos’ dificilmente têm sequer uma marca amostra. Visto os fatos mencionados, fica evidente que Heráclito estava correto ao dizer que ‘o caráter do homem está no seu destino’, ou seja, tatuagem não é identificação de caráter, pois esta está relacionada aos atos cometidos e não a aparência e já aquela é diversificação cultural, utilizada como um adorno. Portanto para erradicar os preconceitos que causam frustações aos indivíduos tatuados, é necessário que os Parlamentares ampliem as leis de atos discriminatórios e preconceituosos, deixando-as bastante severa, que o Estado invista em projetos educacionais como palestras que visem conscientizar as pessoas a erradicarem esse preconceito, que as mídias adotem o papel de socializar os tatuados em suas publicações e que as famílias e escolas admitam o papel de educar os cidadãos a conviverem em uma cultura de paz, respeitando o próximo.