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Redação sem título.

Proposta: Tatuagem: modismo ou formação de identidade

Redação enviada em 09/04/2016

Não é difícil imaginar esta cena: pessoas com diversas tatuagens sobre o corpo em diferentes âmbitos sociais. No mundo contemporâneo, o número de pessoas com alguma marcação sobre a pele é indubitavelmente maior quando comparado ao século passado. Nesse contexto, nos primórdios a marcação sobre o corpo era marca tradicional entre marinheiros e prisioneiros, o que faz com que nos dias de hoje seja comum pessoas tatuadas enfrentarem certo preconceito e até mesmo dificuldade de inserção no mercado de trabalho. Antes de tudo, é preciso perceber que algumas empresas tem resistência em aceitar em seu quadro de funcionários pessoas tatuadas ou com piercings, tanto é verdade que pessoas com tatuagens preferem esconde-las com a roupa durante uma entrevista de emprego ou até mesmo quando inserida no mercado de trabalho para evitar futuras complicações. Além disso, a tatuagem como puro modismo leva elevado número de pessoas à se tatuarem apenas por embelezamento, sem conhecerem o significado de determinado desenho ou frase tatuada no próprio corpo, elevando ainda mais o preconceito e passando falsas expressões da qual a pessoal realmente queira passar. Em um panorama como esse, repleto de variáveis, parece difícil imaginar soluções definitivas, porém é fundamental agir para reduzir seus efeitos. Para isso, todos os setores da sociedade precisam sair de seu estado atual de inércia. De fato, diante do caráter de urgência, o poder público deve agir com velocidade, punido empresas e pessoas responsáveis por tal preconceito. Apesar da necessidade de resultados imediatos, a melhora não pode se limitar a paliativos. Assim, para completar essa equação, é preciso investir na verdadeira transformação. Nesse contexto, o trabalho do governo pode ser complementado por ONGs, cujas funções sejam apresentar denúncias relacionadas ao preconceito, e conscientizar a população sobre o significado das “tattos”. Além disso, a mídia também poder produzir ficções engajadas, ou seja, novelas e filmes que abordem a tatuagem, de forma a mobilizar a sociedade. Torna-se evidente, portanto que a tatuagem na sociedade exige medidas concretas, e não somente um belo discurso. Nesse sentido, o caminho parece ser uma difícil – mas não utópica – revisão de valores, possível a partir de de pequenas mudanças na educação. Sem dúvida, se as escolas ampliarem o foco do ensino para além de questões apenas de conteúdo, e se preocuparem com a formação moral do cidadão, é possível imaginar um pais mais consciente.