É indiscutível que a tatuagem passou por transformações, seja na técnica a ser utilizada para elaboração, como seu significado cultural. Inclusive, a sua difusão pela sociedade tem se modificado, trazendo a aceitação e o fim do conceito marginalizado que estava sobre esta forma de marcar o corpo. Entretanto, o modo que tem se apresentado traz a tona se a sua utilização atualmente é por modismo ou formação de identidade. Nos dias de hoje, com a homogeneização das pessoas formada pela mídia, apresentar um diferencial torna o individuo especial. Da mesma forma que acontece no mercado de trabalho, quando o profissional possui o domínio de uma língua estrangeira, acontece com quem apresenta tatuagem, tornando o seu diferencial um traço marcante de personalidade que de acordo com a figura representada caracteriza o sujeito. Além disso, de acordo com o desenho da tatuagem, esta pode identificar o grupo pertencente. Sendo da mesma forma que Oparin sugeriu sobre as moléculas proteicas se agruparam ao que era análogo, formando os coacervados, ocorre da mesma forma com o ser humano tendo em vista que este tem propensão a se unirem com o seu semelhante. Assim, as marcas corporais dando maior integração e sentimento de pertencimento a certo grupo. Portanto, esta pigmentação definitiva na pele singulariza o ser, lhe dando a formação de identidade, reafirmando o seu autoconhecimento. Então, precisando que a sociedade continue em constante evolução aceitando esta manifestação cultural, acrescentando novas particularidades as populações.