A pintura corporal pode ser caracterizada como uma expressão artística e religiosa de uma cultura. Antigas civilizações principalmente do continente Africano marcavam na sua pele desenhos e símbolos de caráter subjetivo, demostrando virilidade, fertilidade e devoção as divindades. Com o tempo, essas práticas culturais foram discriminadas pelo mundo ocidental, desconsiderando o valor cultural que elas trazem. Na Argélia em meados do século XIX, as adolescentes eram obrigadas por suas famílias a tatuarem o rosto para demostrarem suas belezas para casar-se. Hoje, muitas se arrependem por motivos ligados a religião Islâmica que condenam a prática e as julgam pecadoras. No passado, tatuar-se era visto como padrão de estilo das sociedades orientais, totalmente ao contrário de como é relaciona na contemporaneidade capitalista. Com o desejo da autoafirmação os jovens procuram montar a sua identidade, através de tribos que reúnem interesses em comum, desse modo, acabam sofrendo preconceitos por parte da sociedade conservadora e corporações de trabalho que atrelam as tatuagens a criminalidade. Portanto, é evidente que, essa ação expressiva é restrita ao ambiente sociocultural na qual o individuo está inserido, mesmo assim, deve ser respeitada pela sociedade e instituições. Contudo, cabe as famílias, escolas, mídias e organizações do terceiro setor informar e conscientizar os jovens sobres os riscos e as consequências da tatuagem no intuito de não alienar, mas, respeitar a alteridade.