Com a expansão dos meios de comunicação e disseminação de ideias, a tatuagem passou a ser mais do que somente objeto de caracterização de um grupo social. Agora, além de expressar modismos, é uma forma de se medicar contra dificuldades pessoais e de tornar eventos memoráveis. É quase que de praxe encontrar em locais públicos, como praças e praias, homens e mulheres exibindo seus corpos ideais. E são nesses corpos nos quais geralmente se encontram frases tão gastas que se assemelham as de para-choque de caminhão. Locuções estrangeiras, como “Stay strong” (se mantenha firme) e “No pain, no gain” (sem dor, sem ganho), ganham destaque. Há ainda figuras, como tribais e labaredas, que também expandem tendências. Entretanto, muitas pessoas se tatuam com frases que designam batalhas e anseios ou acontecimentos importantes para suas vidas. Nesses casos, esse tipo de arte demonstra seu lado mais subjetivo e especial. Uma mãe, ao optar pelo desenho do símbolo do infinito em seu corpo, talvez queira demonstrar o imensurável amor que tem por seus filhos. Ou um homem, ao colocar datas em seu corpo, talvez queira lembrar a data de nascimento de seus filhos. Portanto a tatuagem passou a ser, além de expressão de grupos sociais e modas, um método de garantia de lembrança de eventos. Assim, sabendo da existência desses três fatores, é precisa uma diferenciação entre o objetivo de cada um. E, para que haja diferenciação entre esses três objetivos dessa arte, é necessário que a população tenha senso crítico e interesse por atualidades a fim de que não se submeta ao senso comum. Não se submetendo ao senso comum, o povo brasileiro deixará de opinar do seguinte modo: tatuagem é moda.