Com a vida em sociedade, o homem criou símbolos de identidade que os unem de acordo com valores religiosos, ideológicos, linguísticos ou quaisquer outros meios de identificação de um indivíduo com o seu grupo. Neste contexto, a tatuagem tem o papel histórico de identificador social para determinados grupos. Entretanto, com a dinâmica social contemporânea, signos e significados podem ser alterados em velocidade superior à desejada pelo tatuado, dado o caráter permanente das tatuagens. Alguns grupos se sobressaem como utilizadores de tatuagens como sinal identificador de seus membros, como os militares e as organizações criminosas. Estes grupos utilizam-na para identificação de seus membros e como meio de registro de ações praticadas. Um exemplo é a tatuagem da carpa, peixe ornamental de origem asiática. O significado original era positivo e fazia alusão à batalha do peixe, rio acima, para procriação. Entretanto, por extensão de sentido, algumas organizações criminosas tomaram para si este símbolo, atribuindo-lhe valores diversos do original: a carpa com a cabeça para cima significa um criminoso em ascensão; com a cabeça para baixo significa que o indivíduo possui uma posição de destaque na organização. Como os símbolos registrados no corpo em forma de tatuagem podem mudar de significado dependendo do contexto social e, às vezes, devido à passagem do tempo, devem os postulantes à tatuagem refletir sobre estes aspectos também, pois podem interferir demasiadamente em suas vidas, sobretudo se o local tatuado tiver grande exposição. Como os jovens são os maiores clientes desta arte, deve haver material a eles disponível para que possam analisar as consequências que uma simples tatuagem pode ter em suas vidas.