Título da redação:

A identidade a flor da pele

Proposta: Tatuagem: modismo ou formação de identidade

Redação enviada em 19/04/2016

A tatuagem atualmente adquiriu uma nova forma de ser vista e de ser praticada socialmente. É cada vez mais comum ver corpos tatuados em distintos setores sociais, sem restrições (ou poucas existindo) de gênero, idade ou status. É visível que a tatuagem deixou de ser uma prática exclusiva da marginalidade e começou a inserir-se em novos contextos sociais, ganhando outros significados. O sujeito da tatuagem não tem um rosto definido. É diverso, não tem barreiras de sexo, de diferentes gerações, transita por todas as classes sociais, pertence a distintos níveis educativos, faz diversas atividades, enfim, não possui, como antigamente, um perfil social determinado. Ainda que perdure simbolicamente o sentido de gueto que identificava a tatuagem com os setores marginais. Do ponto de vista histórico, a prática da tatuagem era basicamente restrita ao setor masculino —marinheiros, presos, motoqueiros etc. — e como tal, vinculada a valores associados culturalmente à masculinidade. No entanto, o ingresso dessa prática no mundo do mercado fez com que se começassem a neutralizar essas distinções e identidades, tentando-se impor, em seu lugar, o critério universal do consumidor, o qual abrange todo o tipo de público. A tatuagem entrou, assim, em um acelerado processo de “desmasculinização”, que afetou profundamente a relação de gênero existente. Em pouco tempo, as mulheres irromperam no novo contexto e, mais do que isso, posicionaram-se como tendência dominante, como primeiras consumidoras. Para algumas religiões ocidentais contemporâneas a tatuagem é pecado pelo fato de ser algo eterno dentro de si e na concepção delas o corpo criado por Deus deve ser sempre o original, críticos e abominadores deste tipo de arte acabam se enrolando em suas próprias acusações de ser pecado ou não. A tatuagem na humanidade , não se tem uma data ou período exato de quando surgiu pois existem relatos de varias civilizações que usavam desta forma de expressão como por exemplo relatos de múmias tatuadas nas civilizações pré-colombianas , no Egito tatuar tinha um significado altamente religioso .de fato múmias com cerca de 3500 anos de idade foram encontradas com marcas por todo o corpo , a mais importante delas da sacerdotisa amunet , com pontos gravados que significavam fertilidade e longevidade. No entanto esse caráter religioso se perde com a contra reforma da igreja católica , que julga e sintetiza toda a moral do século XVI o que perdura como pecado ate os dias atuais Ser tatuado é, portanto, um caminho de construção da subjetividade — de inscrever nos corpos algo que diferencia e identifica. Em princípio, esse é o sentido geral. Mas aqui interessa compreender o tipo de subjetividade que atualmente se está forjando por meio dessa prática corporal que, como vimos, tem variado nos distintos contextos sociais.