Um charmoso "Cowboy" para em frente a uma multidão exaltada, montado em seu majestoso cavalo,retira do seu bolso um maço de cigarros e acena, confiante, para seu público em um sinal de "missão cumprida". Esse típico comercial americano, popular nos anos sessenta, representa as décadas do tabagismo, nas quais o ato de fumar simbolizava muito mais que um simples hábito, mas agregava aos fumantes um certo grau de importância e status social. Hoje em dia, porém, com o avanço da medicina, o discurso pró-fumo atinge cada vez menos a população, que consciente dos inúmeros riscos ao organismo que o tabaco traz, vem desapegando-se gradualmente da necessidade do vício. Por muitos anos a indústria do tabaco prevaleceu, incentivando o povo à compra através das inúmeras ferramentas da mídia e, até mesmo, de discursos científicos sem fundamentos verídicos. Naquela época, as inúmeras empresas de tabaco sabiam que precisavam apenas dar um empurrão inicial para que, em poucos dias, qualquer pessoa adquirisse o vício , passando a consumir cada vez mais seu produto, o que configurava uma autêntica fórmula para o lucro e sucesso. O que essas empresas não esperavam, porém, foi o disparado surgimento de doenças adquiridas a longo prazo pelo consumo do tabaco. O número de quadros de câncer de pulmão e problemas respiratórios, além do surgimento de manchas na pele e a degradação dos dentes, cresceu gritantemente ano após ano. Dessa forma, caminhando para a segunda década do ano dois mil, a geração moderna vê seus entes queridos arcando com as consequências do passado, o que desconstroe a velha imagem do cigarro como talismã dos bem sucedidos. Contudo, apesar da forte campanha patrocinada pelo Estado atualmente, o caminho para a desintoxicação de fato da população é ainda muito longo, uma vez que apenas uma pequena parcela de fumantes consegue abandonar o vício. Uma solução para tal quadro seria, portanto, além da implantação de um programa gratuito de tratamento acessível a todos os brasileiros, fornecido pelo governo, a implantação de uma lei pelo sistema legislativo, em parceria om o Ministério da Saúde, limitando a venda do cigarro a uma quantia restrita por estabelecimento. Desse modo, a população será freada em relação ao consumo, amenizando as sequelas da dependência do fumo para as próximas gerações.