Incentivado pela mídia do século XX, o uso do cigarro estava diretamente associado ao glamour e a uma vida repleta de prazeres. Propagandas essas que tinham como público alvo os homens, mas que atingiram maior contingente de pessoas do que se podia imaginar. É notável que o uso do tabaco na sociedade infelizmente vem aumentando e, segundo especialistas da área como o Doutor Daniel Deheinzelin esse fato se dá por que a nicotina vicia mais que a cocaína, ou seja, em apenas 7 dias de uso a pessoa já pode estar viciada. Um mundo fácil de entrar, porém muito complicado para sair, uma vez que apenas 3% dos fumantes que decidem abandonar o vício realmente conseguem, de acordo com o Hospital do Câncer de São Paulo. Os danos à saúde não são individuais, uma vez que o fumante passivo – pessoa que não fuma, mas convive com fumantes – ao inalar a fumaça tóxica pode desenvolver as mesmas doenças que fumante ativo, ou seja, não importa quem acendeu o cigarro, o que interessa é quem inalou a fumaça. As doenças mais comuns entre esses são: câncer de pulmão, tipo de câncer que mais mata no mundo conforme a Fundação do Câncer; infarto do miocárdio e doenças vasculares. Mas por que o uso do cigarro é tão discriminado? Sabe-se da forte ligação das indústrias de tabaco com a arrecadação de receita, pois cerca de 70% do preço pago pelo produto é imposto, assim sendo, por mais que faça um grande mal à saúde da população, rende muito dinheiro ao governo. Além de que não há uma fiscalização forte em relação aos fumódromos, a idade dos fumantes e nas fronteiras, de onde vem grande parte dos cigarros que entram no Brasil, de acordo com o site Gazeta do Povo. Ao analisar os fatos anteriormente apresentados chega-se à conclusão que o uso do cigarro na sociedade moderna é constante e tende a crescer mesmo com as imagens dos problemas acarretados por ele na embalagem do produto. Por conseguinte, é função do Estado por meio do Ministério da Saúde aumentar os cuidados com os que já foram afetados pelo uso e elaborar campanhas de prevenção ao uso, é papel da sociedade por meio de ONG’s ajudar aqueles que desejam abandonar o vício e, é dever dos pais fiscalizem e mostrarem aos filhos os malefícios do uso da nicotina.