O tabaco foi um objeto de admiração por diversas culturas, visto que era largamente utilizado como objeto de troca nas grandes navegações marítimas. Indubitavelmente, já no século XX, o capitalismo consolidou o cigarro como produto de alta lucratividade, dessa maneira, milhões de pessoas eram iludidas por meio das propagandas que propagava elevada status social aos fumantes. Contudo, após os anos 1980, o governo brasileiro já alerta sobre os riscos que o cigarro oferece a saúde, mesmo assim, existe uma elevada taxa de brasileiros que ainda prática o hábito, logo, dois fatores são determinantes nessa situação : o risco que os adolescentes tendem a entrar no vício e maneira com a qual o governo trata os fumantes. Em primeiro lugar, é preciso pontuar o caráter hedonista do jovem brasileiro. Nesse ímpeto, a transição de uma criança para fase adulta acometem novas descobertas, consequentemente, a busca pelo prazer e a formação de novos círculos sociais resultam no contato, ativo ou passivo, a drogas ilícitas - álcool e cigarro - outrora, apenas um trago, utilizando o velho clichê: "Não vou viciar, tenho cabeça formada.", pode ser decisivo para fardar um fumante a vida toda, uma vez que os órgãos internacionais de saúde revelam que a nicotina pode viciar como a maioria das drogas ilícitas - crack, maconha, heroína e etc. - . Em segundo lugar, é fundamental destacar a lei anti-fumo. Nesse contexto, o governo age de forma correta ao proibir a prática do fumo em locais públicos, pois o cidadão não pode ser obrigado a fumar passivamente. Contudo, no Brasil, existe um fenômeno estranhíssimo - o viciado em drogas ilícitas é digno de pena, já o fumante é um sujeito consciente de seus atos que deve ser isolado socialmente -, logo, corroborando o preconceito e impedindo a discussão de políticas eficientes para tal público. Porém, parte da sociedade já conscientizou-se sobre esse fato, os Fumantes Anônimos são uma inciativa pública que ajudam pessoas a largar o vício, uma atitude louvável em uma sociedade caracterizada pelo egoismo, entretanto, é preciso maior apoio governamental para ocorrer adesão no âmbito nacional. Portanto, faz-se necessária a ação conjunta entre governo e sociedade civil. Cabe em uma medida a curto-prazo, o projeto de lei a ser votado no congresso para implementação do Programa Nacional de Combate ao Tabagismo no SUS (Sistema Único de Saúde), utilizando de médicos psiquiátricas e medicamentos para auxiliar os usuários a largarem o vicio. Aliado a isso, cabe uma parceria público-privada entre o Ministério da Saúde e empresas do ramo farmacêutico na criação de um fundo governamental, utilizando de subsídios do governo, para pesquisa e desenvolvimento de remédios que ajudem as pessoas a pararem de fumar. Porém, é preciso a movimentação da sociedade civil por meio de manifestações para cobrar o governo as devidas medidas a serem implementadas.