Pesquisas apontam a morte de 3,5 milhões de pessoas por ano vítimas do fumo. Tal número é expressivo e tende a aumentar no decorrer do século XXI. Fato, esse, derivado do marketing utilizado no século passado e da consequente dependência causada pela nicotina, substância presente no tabaco. Sob tal enfoque, é válido considerar a cultura do século XX. Até 1965, a propaganda comercial do cigarro era divulgada em todos os horários e associava a prática do tabagismo ao bem estar e à elite, culminando na proliferação, entre os adolescentes da época, dessa prática. Segundo Durkheim, o fato social é exterior e coercitivo. Dessa maneira, a prática de fumar enraizou-se na cultura e os jovens da atualidade aderem ao ato por serem influenciados ao meio de convívio que estão inseridos. Ademais, deve-se notar o caráter viciante da nicotina. Segundo o médico Daniel Deheinzelin, está dependente aquele que fizer uso continuo do fumo de sete a 14 dias. Compreende-se, então, que a dependência dificulta o abandono do cigarro, acarretando o alto número de mortes relacionadas ao câncer de pulmão. Nessa perspectiva, portanto, visto que o tabagismo incorporou-se na cultura e possui consequências desfavoráveis, necessita-se reverter a situação e reduzir o número de fumantes. Para isso, os malefícios do cigarro devem ser amplamente divulgados pela mídia e pelas escolas. As telenovelas, por exemplo, podem desenvolver personagens que sofram com as doenças pulmonares causadas pela nicotina, para conscientizar o público. A instituição escolar, por sua vez, deve através de programas, como o Proerd, instruir os menores a não usar drogas lícitas e ilícitas. Outrossim, é fundamental que o Estado ofereça tratamentos de saúde aos fumantes, como aqueles que auxiliam no abandono do cigarro e de desintoxicação.