Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Tabagismo no século XXI

Redação enviada em 13/10/2016

A série Mad Men, ganhadora de vários prêmios Emmy, é um retrato fiel do início do século XX e mostra de forma explícita como o fumo era algo comum naquela época. Em várias cenas mulheres charmosas aparecem fumando até em locais públicos e jantares chiques da elite. Diante dessa imagem, não é difícil entender o porquê de o tabaco ainda ser um produto tão fascinante no século XXI, onde os males do fumo já são amplamente conhecidos pela medicina. Por exercer tamanho fascínio nas pessoas, nem as campanhas e nem as leis antifumo de vários países conseguiram reduzir de forma significativa o número de fumantes mortos por câncer de pulmão e outras complicações, que, segundo a Organização Mundial de Saúde, girava em torno de 6 milhões por ano em 2013. Além do mais, de acordo com uma pesquisa do Hospital de Câncer de São Paulo, o vício se instala rapidamente após alguns dias de uso. Depois de adquirido o vício, a maioria das pessoas quer parar de fumar e não consegue. Os adolescentes, por outro lado, tem sido alvo fácil da indústria do tabaco. Afinal, qualquer vício é mais facilmente adquirido na adolescência, época de imaturidade e rebeldia. Para piorar o quadro, os personagens mais interessantes e mais admirados pelos jovens - como Galfalf de O Senhor dos Aneis e Rock Balboa, da série de filmes Rock: um lutador - aparecem em filmes, quadrinhos e séries, fumando ou experimentando bebidas alcoólicas. Nem mesmo os desenhos estão livre disso, alguns exemplos são o Zé Carioca, da Disney, e personagens "badass" (canastrões, descontraídos, interessantes) de animes japoneses, como One Piece - desenho que, ao ser exibido no SBT, precisou receber cortes e modificações no personagem Sanji (um dos mocinhos), na edição dos episódios colocaram um pirulito no lugar do cigarro que ficava em sua boca. Diante do exposto, é preciso desconstruir a imagem descontraída do fumante que é apresentada aos adolescentes, a mídia poderia fazer isso ao exibir em filmes, séries, novelas ou desenhos, os personagens mais odiados fumando e sofrendo complicações na saúde e os personagens amados pelo público contra o ato de fumar. Dessa forma o jovem pode associar mais facilmente o tabaco às mazelas decorrentes do seu uso. O governo também deve estabelecer tributação mais rígida às indústrias de tabaco, de modo a aumentar o seu preço e diminuir o consumo em larga escala, além de distribuir gratuitamente adesivos anti-vício em locais como praças, escolas, bares ou estádios de futebol.