As medidas aplicáveis de restrição, tratamento e prevenção do tabagismo mostram-se eficazes. Com a Lei Antifumo, assistência pública e gratuita para interrupção do vício, além de restrições contra a promoção do uso, o Brasil obteve sucesso na redução do número de usuários. Mas, será possível acelerar a diminuição do prejuízo das quase 5000 substâncias tóxicas presentes na fumaça deste objeto abjeto de desejo? Apenas no final do século XX, cientistas conseguiram a prova da relação direta entre câncer de pulmão e consumo de cigarros. Iniciada tardiamente e por isso com milhares de perdas já contabilizadas, esta batalha foi travada injustamente. Pois, estivera em curso massivas propagandas que estimulavam o uso. Isso provocou aumentos significativos no percentual de fumantes. Tal quadro modificou-se a partir da proibição das propagandas. Etapa fundamental no combate ao tabagismo, a coerção da veiculação de imagens associando cigarro à beleza, liberdade e rebeldia provou sua necessidade. Pois, inúmeras doenças relacionadas ao ato de fumar foram descobertas. Por sorte, a tempo de salvar várias pessoas, principalmente os jovens (público-alvo), da sedução das peças publicitárias. Como exposto, já existem medidas comprovadamente eficazes na redução do consumo. Sendo assim, resta ao poder público aproveitar da sabedoria de Kant quando afirma que "o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele" para investir na conscientização da população. Ademais, medidas econômicas também são viáveis. Por exemplo, aumenta-se o preço dos impostos para as indústrias para que repassem ao consumidor. Já que é sabido, no Brasil, que quando dói no bolso educa-se instantaneamente.