Título da redação:

Indústria e cultura

Proposta: Tabagismo no século XXI

Redação enviada em 16/10/2016

Com a chegada do século XXI e o desenvolvimento sem precedentes da ciência, tornaram-se evidentes os efeitos prejudiciais do cigarro no organismo e a necessidade de se reduzir seu consumo. Todavia, em várias partes do planeta, esse assunto tem sido relevado e as empresas de tabaco, com seu grande poder e influência ganha cada dia mais liberdade para agredir a saúde pública mundial. Primeiramente, é importante ressaltar a relação da economia com o tabaco. Atualmente, o cigarro apresenta uma taxa de 70% de impostos embutida em seu preço, ou seja, o Estado, apesar de, por uma questão ética, alertar frequentemente sobre os riscos do uso, lucra exorbitantemente com seu consumo. Desse modo, cria-se um impasse social entre prevenir problemas de saúde coletiva e economizar gastos futuros ou arrecadar dinheiro de forma rápida.Certamente, no caso do Brasil, por ser um país historicamente imediatista, a opção pelo dinheiro acaba prevalecendo. Além da questão monetária, há também o fator cultural relacionado ao fumo. Nas décadas de 1960 e 1970, não só no Brasil, mas em todo o mundo ocidental, o ato de fumar ganhou, em filmes e novelas, um status glamoroso, passando a ser amplamente reproduzidos pela sociedade. Assim, ironicamente, uma droga como a maconha, que possui até agora listados mais efeitos benéficos que o contrário, por motivos históricos, é considerada uma ameaça e proibida por lei, enquanto o cigarro, com mais de 4700 substâncias tóxicas ou cancerígenas, é comercializado tranquilamente por qualquer estabelecimento. Diante do exposto, percebe-se a necessidade do governo federal aumentar o imposto sobre o tabaco com o objetivo de coibir o consumo desse, visto que seu uso, além de danoso ao indivíduo, é prejudicial à saúde pública e consequentemente oneroso ao Estado. É imprescindível também que haja uma desvinculação da imagem do fumante a uma pessoa interessante e modelo a ser seguido. Isso pode ser feito por meio de proibições da ANCINE a conteúdos de novelas e séries que mostrem pessoas consumindo drogas inalantes em poses exemplares ou atrativas para o público.