Título da redação:

Genocídio humano

Tema de redação: Tabagismo no século XXI

Redação enviada em 18/10/2016

Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde – o tabaco mata mais que a soma de mortes por AIDS, cocaína, heroína, álcool, suicídio e acidentes de trânsito. Aliada a essas mortes encontra-se também a dos não fumantes, que respiram diariamente um ar poluído com a fumaça dos cigarros daqueles que fumam. Só no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, são sete os não fumantes que morrem por dia vítimas da fumaça do cigarro. Mesmo com os conhecimentos atuais acerca das consequências no hábito de fumar, relatadas nas próprias embalagens de cigarro, o consumo permanece. A publicidade de tal produto ainda é maciça e volta-se, atualmente, muito para o adolescente, visto que este ainda não possui uma consciência formada e, o fato do assunto não ser discutido amplamente nas escolas e nas famílias, instituições sociais bases para a formação de um indivíduo, faz com que haja uma tendência nos adolescentes em subestimar os riscos do produto e superestimar a capacidade deles de deixar de fumar, assim, tornam-se um alvo mais influenciável pelas indústrias de cigarro. É fato que, apesar da publicidade televisiva ter sido proibida, ela ocorre de maneira muito mais subliminar agora. A cada esquina, banca de jornal, padaria, bares e postos de gasolina existe o produto, acompanhado de publicidade e sempre ao lado de outros produtos atrativos para o jovem, como chocolates e doces. Contudo, aqueles que optam por não fumar também são prejudicados. Apenas respirar a fumaça do cigarro já é maléfico e causa os mesmos prejuízos do fumante. São os chamados fumantes passivos. Pessoas como os garçons de bares e casas de festas, locais onde o consumo do cigarro é maior, são ainda mais prejudicados com o fumo passivo, já que o indivíduo que trabalha nesses locais não vê maneira de não se expor à fumaça. Isso tudo fomenta o superlotamento da rede pública de saúde que, sem estrutura, não consegue fornecer atendimento de qualidade às vítimas do tabaco, bem como suporte para aqueles que desejam abandonar o vício. Faz-se necessário, portanto, que o governo restrinja a exposição das embalagens nos postos de venda, através de leis coercitivas, além de aumentar a fiscalização em restaurantes e outros ambientes fechados, onde fumar já é proibido por lei. Cabe ao Estado, também, ampliar a estrutura da rede pública de saúde para o acolhimento de fumantes, dando-lhes tratamento especializado. Ademais, as escolas devem levar ONGs engajadas com o assunto para palestrar para pais e alunos, orientando estes sobre os riscos em experimentar o cigarro e aqueles em como tratar do assunto em casa, além de encaminharem pais fumantes, que desejem largar o vício, a grupos de apoios e tratamentos específicos.