Título da redação:

Filhos da cultura do prazer que mata

Proposta: Tabagismo no século XXI

Redação enviada em 11/10/2016

O tabagismo no século vigente é uma temática dual. Enquanto que, por um lado, temos os “filhos da cultura do prazer” (criados para apreciar o fumo), em contraponto, vem a “geração saúde”, que busca uma melhor qualidade de vida. Ou seja, o cigarro está perdendo a posição de produto da moda e, em passos curtos, mas relevantes, ganhando fama de vilão. A indústria criou, no século passado, a cultura do fumo. Não se limitando a propagandas tradicionais como rádio, TV e jornal, o cigarro se tornou alvo de desejo ao ser relacionado, principalmente em filmes, a personagens importantes e sensuais. Ou seja, o público se via poderoso ao fumar e, assim, esse conceito foi se instaurando em toda uma geração, já que os jovens eram os mais suscetíveis a influência midiática. O que ocorre é que a dificuldade para largar o vício é muito maior, pois existe uma relação com a própria identidade da pessoa. Para piorar, bastam apenas duas semanas de consumo para se tornar dependente, o que coloca essas pessoas “criadas para fumar” em uma posição complicada, podendo, até mesmo, não resistirem fisicamente ao abandono do vício. A ganância industrial, por outro lado, vem sofrendo repressões consideráveis. O lucro que eles obtinham passou a cair quando as propriedades do cigarro começaram a ser comprovadas como danosas à saúde. Isso é nítido ao verificar que, segundo a Revista Abril, morrem, por ano, 3,5 milhões de pessoas por causa do vício e 80% dos usuários desejam parar de fumar. Dessa forma, a valorização da saúde está em ascensão, já que não só os que são vítimas do tabagismo, como a nova geração, conseguem sentir diretamente os efeitos negativos da dependência. Tal fato é refletido, principalmente, nas leis que restringem os locais de fumo, proíbem propagandas e exigem o alerta sobre os malefícios, mantendo a população ciente dos efeitos danosos. O tabagismo no século XXI está em transformação, já que o conhecimento a respeito das suas propriedades químicas se disseminou na sociedade. É preciso, destarte, que o combate ao fumo se torne cada vez mais rígido, auxiliando-o com um apoio para largar o vício. É responsabilidade do Governo Federal, em associação com a OMS (Organização Mundial da Saúde), realizar campanhas televisivas contra o fumo, mostrando as doenças provocadas por ele, além de restringir ainda mais as áreas de consumo, por meio de lei, para apenas a residência do consumidor e lojas voltadas exclusivamente para este fim. Assim, é possível reduzir consideravelmente o número de viciados, amenizando o problema.