Se anteriormente o cigarro era sinônimo de sensualidade, riqueza e sofisticação, pode-se dizer que hoje esses valores estão longes de serem os mesmos. Hodiernamente, de acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde-, o cigarro é, predominantemente, o principal motivo de falecimento evitável. Apesar do assunto ser amplamente difundido nos dias atuais, muitos ignoram as informações ou, simplesmente, não tem acesso ao conteúdo, perpetuando o hábito de fumar no meio social , tornando esse tema um grande empecilho a ser enfrentado em todo o planeta. Recentemente, no Brasil, a Lei Antifumo foi regulamentada e aprovada. A lei, que proíbe a utilização de qualquer peça utilizada para emitir fumaça em ambientes públicos, particulares ou fechados, é um grande avanço para a sociedade brasileira, afinal, não são apenas os fumantes que sofrem os efeitos negativos do cigarro: os que não usufruem desse artifício também são prejudicados e, por essa razão, são chamados de ‘’fumantes passivos’’. Entretanto, muitos questionam a viabilidade, eficácia e cumprimento deste acordo, pois é preciso grande comprometimento por parte dos estabelecimentos e autoridades públicas, fazendo com que a lei não fique restrita ao papel. Outro ponto a ser salientado é o fato do tabagismo, em alguns casos, principalmente entre jovens, ser visto como uma ferramenta de ''inclusão social''. Muitos são persuadidos por propagandas altamente apelativas, enquanto outros fazem uso dessa verdadeira arma de destruição da saúde para se autopromoverem e conquistarem seu lugar em um determinado grupo, alimentando esse vício desde a juventude e aumentando as chances de adquirir doenças como o câncer de pulmão, a hipertensão, a trombose, infecções respiratórias, entre outras. Portanto, diante desse triste cenário, é preciso tomar medidas efetivas capazes de minimizar os impactos do tabagismo tanto nos indivíduos quanto na sociedade. Primeiramente, é necessário que o Poder Público exerça alta supervisão no cumprimento das regras estabelecidas no regulamento Antifumo, fazendo melhorias conforme for necessário. Além disso, é inexorável que o Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Educação e as prefeituras municipais, promova campanhas e projetos em escolas e bairros em prol da difusão dos efeitos do cigarro no corpo humano, apresentando dados estatísticos que comprovem o quão perigoso é este instrumento, que provoca milhares de mortes anualmente em todo o planeta. Outra medida relevante é uma maior atenção, por parte do Estado, em verificar o conteúdo propagado por anúncios publicitários que divulgam o tabagismo, criando leis mais rígidas que punam as empresas produtoras. Ademais, a família tem um importante papel em reforçar essa atenção, fiscalizando o que seus filhos utilizam desde a fase pueril.