Até o início dos anos 90, o tabagismo era sinônimo de sofisticação e modernidade. Já no século XXI, no entanto, com as inúmeras pesquisas científicas, provou-se que esse hábito é extremamente nocivo à saúde tanto para quem fuma, como para aqueles que estão próximos, os chamados fumantes passivos. Apesar das diversas ações realizadas na tentativa de acabar com o tabagismo, atualmente no Brasil o número de fumantes vem aumentando a cada ano, principalmente entre os jovens e adolescentes, motivado principalmente pela influência do meio em que vivem e pela falta de conscientização acerca desse mal. O crescente número de fumantes se dá principalmente por aqueles indivíduos que sofreram influência do meio em que vive. Conforme o sociólogo Emile Durkheim a “construção do ser social é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas que balizam a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela.” Ou seja, o ambiente em que as pessoas vivem terá forte influencia na construção do indivíduo, sendo assim, uma pessoa que tem pais ou amigos fumantes é um fumante em potencial. Além disso, muitos até conhecem o mal que o cigarro pode lhes trazer, no entanto não possuem consciência a respeito dele. Conforme Paulo Freire, conhecimento não é sinônimo de conscientização, pois este é uma atitude crítica e prática frente à realidade, de modo que se busca a mudança daquilo que parece, até então, inerte. Dessa forma, é necessário, além de conhecer os males que o tabagismo gera, ter mudança de pensamento e de atitude para poder então mudar esta situação. Assim, se houver a consciência do mal que o tabaco causa, tem-se a atitude de abandoná-lo. Sendo assim, buscando-se minimizar o número de fumantes é necessário, antes de tudo, investir em educação, a fim de conscientizar os indivíduos sobre este hábito que é extremamente prejudicial. Dessa forma, as escolas, por meio dos Temas Transversais, poderiam trabalhar de forma didática e lúdica os prejuízos e males que as drogas lícitas e ilícitas causam. Além disso, o Ministério de Saúde, juntamente com as Secretarias de saúde dos estados e municípios devem fomentar programas e projetos psicossociais e de saúde para auxiliar aquelas pessoas que desejam para de fumar, além de produzir campanhas publicitárias contra todo tipo de droga. Dessa forma, por meio da educação conscientizada, poderão ser formados cidadãos que, além de produto do meio em que vivem, serão formadores de um ambiente mais saudável.