Título da redação:

A Fumaça Tóxica

Proposta: Tabagismo no século XXI

Redação enviada em 24/10/2016

Os filmes da indústria Hollywoodiana dos anos 60/70 são marcados por uma característica em comum: a exploração da imagem social do tabaco. No período citado, a ação de fumar estava em seu auge, sendo inclusive um fator de inclusão social e representativo de uma elite societária. Atualmente, com os diversos estudos sobre os malefícios do tabaco e seus derivados, ocorreu uma forte mudança na sociedade, acarretando em uma construção cada vez mais negativa sobre a imagem dos cigarros. Concomitante a mudança na sociedade, configura-se uma evolução gradativa da ação do Estado para a redução no número de fumantes e de respectivas áreas de fumo permitido, em prol do abandono do vício. Os estudos da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que o fumo de tabaco, a longo prazo, pode ocasionar diversos problemas para o fumante, como induzir o acontecimento de câncer de pulmão, câncer de garganta e câncer na boca. Em conjunto a isso, o fumo em locais públicos gera problemas também aos que estão ao redor, comumente denominados “fumantes passivos”, que involuntariamente ingerem a fumaça contendo inúmeras substâncias tóxicas, chegando a 4.200 tóxicos diferentes em um único cigarro, segundo as próprias produtoras do produto, como a Souza e Cruz. Isso significa que o fumante, além de prejudicar, causa danos à saúde de terceiros, ainda que sem intenção. Os jovens são os mais propensos a iniciarem no vício do tabagismo, especialmente pelo desejo de realizar novas experiências e conhecer novas sensações. No Brasil, por exemplo, 90% dos fumantes iniciou na adolescência, segundo dados do governo. O sociólogo Émile Durkheim explica essa tendência através do conceito do fato social, que são forças exteriores ao indivíduo, mas que o influenciam fortemente, seja em suas ações ou modo de pensar. Isto é, os jovens iniciam na vida de fumante, na maioria das vezes, por pressões realizadas por outros jovens, por festas, ou pela construção da imagem (que ainda resiste em alguns grupos) que o fumo do cigarro é um agregador de status e maturidade psicológica. Ao analisar os fatos, torna-se necessária, por conseguinte, a ação do Estado e da sociedade para a correção deste impasse. É função do Ministério da Saúde ampliar o programa de auxílio aos fumantes que desejam abandonar o vício, além de, em parceria com o Ministério das Comunicações, expandir o número de propagandas na mídia contra o uso de tabaco. É papel do Ministério da Educação iniciar uma maior divulgação dentro de escolas sobre os malefícios do tabagismo, através de palestras e estudos, para construir desde cedo a imagem negativa e divulgar os riscos do fumo. Por fim, é papel da sociedade, como um todo, incentivar os que desejam parar de fumar e desestimular os que pretendem iniciar o tabaquismo.