Em conformidade com a ideia Foucaltiana, o sistema carcerário deveria ter caráter disciplinatório. Somado a isso, foi utilizado o modelo do filósofo e jurista, Bentham. O direito penal seria uma ferramenta primorosa para que o governo lograsse conduzir as condutas dos cidadãos. Por meio dessa lógica, o indivíduo poderia ir em busca de sua felicidade obtendo a conclusão de que desacatar regras do Estado não é um comportamento profícuo. Lamentavelmente, os responsáveis pela composição do sistema prisional não aderiram aos conceitos do teórico social, Focault, tendo em vista o que ele dispõe como essencial para que o cidadão encarcerado seja ressocializado após a sua pena. Possuímos a quarta maior população carcerária do mundo juntamente com a infraestrutura insalubre para manter presos em celas que comportam oito pessoas, e que na realidade, suportam doze. O que, para a sanidade física e mental dessas, é incontrovertível o gigante problema. Descartando a opção de fazermos justiça com as próprias mãos — outra característica causada pela falha do sistema —, existem modelos e exemplos que podem modificar positivamente a situação na qual nos encontramos diariamente. A Noruega desfruta da valorização do estudo e trabalho, resultando o retorno de 20% dos presos ao sistema carcerário. Adotando casos como esse, poderíamos construir um futuro mais justo e harmonioso.