O sistema carcerário brasileiro não cumpre o seu objetivo, que é proteger a sociedade do criminoso e reintegrá-lo nela depois de passar por processos de reeducação. Para amenizar esse impasse, precisa-se discutir sobre a humanização do sistema e a reavaliação dos casos de cada presidiário. A privação de liberdade realizado pelo sistema atual pode até proteger a sociedade do indivíduo temporariamente, mas não promove sua reintegração de maneira correta, por isso que cerca de 80% dos ex-presidiários voltam para a prisão. Tratá-los como seres humanos é um dos recursos para o problema, muitas vezes eles são chamados por números, vivem em uma cela de seis metros quadrados, onde quase não cabe sua cama; além de viverem sob ameaça de policiais armados. Todos esses atos são desumanos e acumulam revolta nos detentos. Ademais, há uma grande quantidade de prisioneiros que cometeram crimes leves, que poderiam cumprir a pena sob regime aberto prestando serviço comunitário, mas que vão para a cadeia e promovem a superlotação. Há uma necessidade de reavaliação, por pelo menos dois juízes, dos casos de crimes não hediondos, como furto, roubo, posse de arma de fogo e falsificação de documentos. Portanto, para um sistema carcerário que forneça os direitos previstos na Lei de Execução Penal, faz-se necessário a apoio de mais ONG’s à APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados), contribuindo financeiramente para manter e multiplicar essa instituição. É importante que a mídia divulgue o estado dos presídios e do sistema, através de seus diversos programas, fazendo com que a sociedade reflita e discuta o assunto, já que na maioria das vezes as pessoas pensam que a melhor solução é a cadeia.