A atual situação dos presídios brasileiros são precárias. A constatação de que as prisões do Brasil são trincheiras de facções criminosas, que articulam dentro e fora dos presídios diz tudo a respeito da falência do Estado.A saída para essa realidade impõe desafios enormes ao governo e à sociedade. Em primeiro plano ,é muito comum chacinas nos presídios,como o que ocorreu no dia 1 de Janeiro de 2017 ,em Manaus ,no qual sessenta homens foram mortos , decapitados e esquartejados.Dessa forma ,se não houver interferência das autoridades, essa situação pode vir a se reproduzir nos superlotados presídios do Brasil, território livre ,onde quadrilhas exterminam rivais e exibem poder. Em segundo plano, ainda é muito comum a ideia medieval de que, cuidar das prisões e respeitar os direitos humanos é o mesmo que fortalecer o crime.Fazendo uma analogia a frase do político conservador e estadista britânico Winston Churchill, " A moderação e o estado de espírito do povo quanto ao tratamento dado ao crime e aos criminosos são uma das provas mais irrefutáveis de uma nação".Portanto , prisões razoáveis e presos tratados com um mínimo de humanidade é uma das maneiras de tirar o país da atual violência. Mediante o exposto, resolver esse problema depende menos da construção de novas penitenciárias e mais do redirecionamento das políticas de segurança. Além disso,seria viável a adoção de penas alternativas,como a inserção de serviços comunitários, a fim de identificar casos de prisões desnecessárias ,pois o inchaço decorre de uma política de prender muito ,mas prender mal.A solução não deve se limitar a criação de novos presídios e sim a reforma deles ,para a ressocialização dos presos e o bem da sociedade como um todo.