O Brasil adquiriu ao longo do tempo um histórico precário referente ao modelo de sistema prisional que possui. Problemas que assolam e norteiam o país desde o século XIX, como exemplo, a capacidade de presos dentro de uma cela e o número que realmente a ocupam, a infraestrutura precária das prisões e as condições de trabalho dos agentes penitenciários que muitas vezes não estão preparados para agir em determinadas situações. Dessa maneira, serão necessárias mudanças para que o sistema carcerário se torne realmente uma forma de recuperação e não apenas uma punição. Primeiramente, o despreparo dos agentes e o descaso com a infraestrutura causam revolta nos presos que ali se encontram, e acabam colocando em risco a própria vida e as das pessoas no entorno, procurando um meio de demonstrar suas insatisfações e protestar. Esse assunto está sendo abordado frequentemente nos jornais e resultando em altos índices de mortes, são situações que fogem do controle e que traz dificuldades para se reintegrarem na sociedade devido ao comportamento agressivo adquirido no cárcere. Outro problema desolador diz respeito às prisões femininas, cujo público possui necessidades diferentes do masculino e que por muitas vezes são tratadas igualmente, como é tratado no livro “Presos que menstruam” da Jornalista Nana Queiroz, que expõe a realidade das detentas que não possuem acesso a itens básicos de higiene pessoal e sofrem com a falta de tratamentos ginecológicos em muitas prisões. Podemos concluir que, o sistema prisional brasileiro necessita rever a maneira como os presos são tratados, investindo em aumento de prisões evitando lotações e melhorar a infraestrutura, suprindo itens básicos para a sobrevivência. Além disso, treinamentos mais eficazes para os agentes penitenciários poderem lidar com qualquer situação, como também a assistência para os presos é de extrema importância para que a condição de vida seja mantida, assim ficaria garantida condições mais humanas.