Muito se debate, hoje em dia, sobre a questão da fragilidade em que se encontra o sistema carcerário brasileiro. Em razão disso, a superlotação de presídios e a formação de organizações criminosas têm sido os maiores problemas. Além das más condições dos estabelecimentos penais — que não comportam o alto número de presos — a vulnerabilidade do sistema pode ser vista quando os presidiários provisórios são colocados em celas superlotadas. Enquanto aguardam o julgamento, sofrem um alto índice de violência e muitos são convidados a participar de facções criminosas formadas dentro dos presídios. Uma vez formadas, essas facções organizam fugas e rebeliões (como no massacre do Carandiru), causando o aumento da criminalidade e um elevado número de mortes dentro das cadeias. A desordem, a crise e o ambiente caótico proporcionam péssimas experiências aos agentes penitenciários. O espaço é usado de maneira banal e estima-se que o número de detentos cresce cerca de 161% a cada ano. Pela observação dos aspectos analisados, devemos concluir que o sistema carcerário brasileiro carece de progresso. Se faz necessário, portanto, que a esfera federal invista em melhorias nos estabelecimentos prisionais para que não haja superlotação. Os órgãos governamentais devem adotar penas alternativas e capacitar os agentes penitenciários e defensores públicos, sendo esses essenciais para solucionar a problemática.