Título da redação:

A tenuidade educacional e criminal

Tema de redação: Soluções para a precariedade do sistema carcerário brasileiro

Redação enviada em 05/04/2017

A superlotação carcerária é uma problemática que está, cada vez mais, em voga na sociedade brasileira nos dias de hoje. Nesse cenário, o impasse agrava-se com a condição das prisões brasileiras e com discussão de situações como a redução da maioridade penal. Não só a falta de prisões, como a precariedade dessas, somam num complexo perigoso que é evidente no mundo contemporâneo. Indubitavelmente, o sistema prisional brasileiro não é um ponto forte do nosso país e, junto a má distribuição fundiária e a disparidade social da nossa sociedade, a educação é um fator ímpar quando trata-se do empecilho. O capitalismo e a segregação racial e social são a raiz do problema, uma vez que o primeiro visa o lucro e não o bem-estar das pessoas e a segunda está diretamente relacionada com os crimes exponenciais que hão em regiões deslocadas da comunidade, sendo essas mais prejudicadas, devido a falta de capital para investir nesses cárceres. Não obstante ao fato de que a educação é o denominador comum da ética e da imoralidade, essa também é precária em nossa sociedade e, agregado com a abarrotamento das prisões brasileiras, leva o país a um composto de impunidade e ascendência do número de infratores. Em inúmeras casas de detenção, a fuga é descomplicada e, em outras, um sistema de tráfico e equiparação aos policiais é alcançável. Ambos os fatores levam o indivíduo a não temer a punição, o que acentua o problema e acarreta-nos a uma realidade na qual o desespero vem à tona. Embora as cidades mais pobres sejam também afetadas, a realidade violenta e deficiente não é veracidade apenas dessas. As metrópoles brasileiras também são, abundantemente, vítimas desses descaso do Governo. As cidades Rio de Janeiro e São Paulo estão constantemente mais em estado de alarme quando se diz respeito às prisões: a necessidade de construção de mais penitenciárias e o número de crimes crescem junta e constantemente e isso põe em xeque o bem-estar social e a ascensão das cidades. Destarte, fica clara a necessidade de intervenção do poder público. Dentro dos presídios, a manutenção e o aprimoramento do sistema devem ser corriqueiros e, fora desses, o MEC deve investir na educação, majoritariamente, em pontos específicos do país - principalmente onde o distúrbio é evidente - e divulgar campanhas que promulgam as leis que devem punir os infratores devidamente. A inserção militar deve ser realidade nos corpos sociais onde a problemática tende apenas a aumentar, o desdém com a população brasileira deve tornar-se passado e uma realidade na qual possamos andar despreocupados na rua, deixar de ser utópica.