Título da redação:

A evolução de uma sociedade esquecida

Tema de redação: Soluções para a precariedade do sistema carcerário brasileiro

Redação enviada em 14/12/2016

Desde o início do século XIX, o Brasil vem enfrentando problemas com a superlotação das cadeias, ou seja, há um grande número de detentos em relação as vagas. O que acarreta na precariedade dos presídios e em um método não humanista no intuito de reintroduzir o preso na sociedade, o que desde a primeira prisão criada no Rio de Janeiro em 1769 não obteve sucesso. Há uma despesa significativo do governo para a melhoria das estruturas ou até mesmo na construção de novos presídios para abrigar a grande demanda que não para de crescer no país. Com a superlotação, os carcerários tem os seus direitos violados, seja por meio de violência, falta de disciplina ou falta de cuidados básicos como higiene. Por lei aqueles presos que tiverem bom comportamento e após cumprirem parte da pena, devem ser transferidos para unidades prisionais agrícolas ou industriais para que possam iniciar sua ressocialização. No entanto não existem um grande número de presídios agrícolas ou industriais para abrigar o número de detentos, existem Estados que nem sequer possuem uma cadeia assim. O código penitenciário da Republica propunha que houvesse a ressocialização dos presos, mas até hoje existe uma reincidência muito grande, ou seja, grande parte dos detentos que saem em liberdade após cumprirem sua pena, voltam a cometer crimes. O filosofo francês Foucalt em seu estudos aprofundados sobre o modo de nascimento da prisão, considerou para o bom funcionamento de uma unidade penal, a educação e o trabalho como medidas de reintrodução do preso na sociedade. Além disso a garantia de pessoal especializado com capacidades técnicas e morais para a recuperação dos mesmos, também como modificações na pena de acordo com o delito cometido. Então, a solução possível após mais de meio século na mesma situação para diminuir a precariedade nas penitenciarias é diminuir o número de presidiários, fazendo uma recuperação realmente eficaz para que diminua o número alarmante de reincidentes, através de trabalhos voluntários principalmente nas periferias como forma de humanização dos mesmos, atividades educativas com o intuito de aumentar o nível de conhecimento geral para a garantia futura de um trabalho fixo supervisionado ou não para seu próprio sustento dentro ou fora da prisão, tendo em vista que alguns detentos não possuem oportunidades de trabalho devido aos seus antecedentes criminais.