Título da redação:

A esperança é, realmente, a última que morre

Proposta: Soluções para a precariedade do sistema carcerário brasileiro

Redação enviada em 09/04/2017

No ano de 2016, o Brasil passou por momentos de tensão, onde ficou evidente a inconsistência do sistema prisional do país. Em síntese, o que aconteceu no ano em questão foi resultado de um acúmulo de fatores, entre eles podemos citar a inércia Estatal, e acabou sendo a "gota d'água" para que esse sistema fosse reformulado, porém a ausência de alternativas eficazes ainda é bastante presente nesse contexto. Outro fator que revela a precariedade do sistema carcerário brasileiro é a superlotação de presos, esse problema se apresenta em quase todas as unidades prisionais do país. A superlotação é "apenas" um dos exemplos que poderiam ser citados, outros como: a falta de estrutura física e crescimento do número de presos provisórios também poderia ser evidenciado. A soma desses exemplos afeta de maneira proporcional o controle das unidades, causando basicamente uma inversão da gerência das mesmas, ou seja, os presos acabam monopolizando o interior das unidades, por conseguinte os agentes penitenciários acabam ficando mais vulneráveis e inseguros. Partindo para uma esfera mais sociológica, podemos perceber a negligência do Estado em relação a manutenção das unidades. A partir desse pretexto, é válido salientar que as questões éticas ficaram em segundo plano e a injustiça e o descaso se mantiveram soberanos num país em que governantes não acreditam no processo de ressocialização, essa certeza pode ser explicada pela frase do líder africano Nelson Mandela; "Devemos promover a coragem onde há medo, promover o acordo onde existe conflito, e inspirar esperança onde há desespero." Conclui-se portanto que a reforma do sistema prisional brasileira seja feita urgentemente. Para concretizar essas reformas é necessário que o Estado invista, principalmente, nas estruturas mais básicas, como por exemplo; diminuindo a superlotação (agilizando os processos dos presos provisórios), expandir o número de medidas socioeducativas para acelerar o processo de ressocialização e segregando os presos de acordo com o crime cometido. Essas medidas são a chave para a melhoria do sistema carcerário brasileiro, com base no pensamento do filósofo Jean-Paul Sartre:"Quanto aos homens, não é o que eles são que me interessa, mas o que eles podem se tornar".