Título da redação:

A educação como correção

Proposta: Soluções para a precariedade do sistema carcerário brasileiro

Redação enviada em 27/03/2017

A população humana sempre conterá indivíduos que tendem a fugir das regras ditadas pela classe dominante, sendo, de certa forma, obrigados ou não. Tal fuga é considerada um crime e, diferente das punições dadas há alguns séculos (como tortura ou a pena de morte sendo diretamente executada), atualmente, tais pessoas são mandadas para determinados prédios que façam parte de uma penitenciária. Visto que tal ambiente tem a finalidade de atuar como um corretivo, na prática, a situação se torna bem diferente de como prevista na teoria. Tal sistema é dependente do poder público e, infelizmente, muito negligenciado pelo mesmo. O baixo investimento por parte deste faz com que as cadeias se tornem um verdadeiro caos. Assim, nas prisões, podemos encontrar pessoas precariamente doentes, às vezes feridas devido à violência sofrida dentro de celas superlotadas, além da péssima alimentação que lhes é oferecida. Segundo dados alarmantes disponibilizados pelo site do G1, a superlotação no Brasil está 69,2% acima da capacidade das penitenciárias. Haja vista, ainda, a rigidez empregada pelos funcionários dos presídios, ela não é eficiente para impedir carcerários de cometer novos crimes após o cumprimento de sua pena. Na realidade, violência só gera mais violência, o que faz com que tal sistema prisional apenas estimule o aperfeiçoamento do crime. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. É evidente que tais ambientes precisam de maior assistência vinda do poder público, como a melhoria de salários dos funcionários e da alimentação e assistência médica aos presidiários. Além disto, são necessários projetos que visem à reeducação dos carcerários e essa não deve ser realizada por meio da violência. Afinal, como disse o filósofo Immanuel Kant: "O ser humano é aquilo que a educação faz dele."