A partir do século XX, em que se iniciou o processo de êxodo rural, em que ocorre a migração em massa da população do campo para a cidade, houve a superlotação do meio urbano. No entanto, as mazelas sociais foram acentuadas, com o aumento da violência e da insegurança. Dessa forma, o acesso a armas de fogo seria como um gatilho para a violência. Nesse contexto, o Mito de Ícaro retrata a ideia da falta de equilíbrio que este teve na tentativa de fugir da prisão. Analogamente, tal situação remete-se a utilização do uso de armas por pessoas despreparadas, assim, o delírio de possui-las leva o cidadão a crer que pode manuseá-la como bem entender, o que provoca um caos na sociedade. Desse modo, é evidente que o armamento da população iria estimular a violência. Outrossim, é válido ressaltar que num assalto o risco de morte é maior para quem possui arma de fogo e reage. Segundo pesquisas realizadas pelo criminólogo Túlio Kahn, o aumento das armas circulando no meio da população, consequentemente há um crescimento do homicídio na região. Nesse sentido, a reestruturação do Estatuto do desarmamento será ineficaz, pois na prática não soluciona o problema de falta de segurança, assim, gerando problemas ainda mais preocupante. Fica claro, portanto, que a facilidade do acesso ás armas para civis não deve ser uma opção, já que se mostra um recurso perigoso e nocivo a sociedade. Desse modo, cabe a Senasp (Secretaria nacional de Segurança Pública) juntamente com as prefeituras municipais, reforçar e aumentar a Guarda Municipal, por meio de um trabalho em conjunto com a Polícia Militar, a fim de conter a violência e aumentar a segurança dos cidadãos. Por fim, cabe a mídia com seu poder persuasivo por realizar telenovelas e documentários sobre famílias e indivíduos vitimas de armas de fogo, com o intuito de influenciar a população a ser contra a mudança. Somente assim, a população não terá o mesmo fim que Ícaro.