O desenvolvimento da civilização em seu processo histórico evidencia que a violência está presente em todas as sociedades. Diariamente os noticiários expõem casos de assaltos,assassinatos e sequestros, afirmando o cenário de insegurança no território brasileiro. Diante disso, abrem-se portas para debates e discussões à respeito do armamento civil e suas consequências. Nesse contexto, observa-se o aumento da prática de crimes por homicídios e também por situações banais e a difusão do sentimento de poder entre os cidadãos De acordo com o mapa divulgado pela UNESCO em 2015, 42.416 pessoas morreram em 2012, vítimas de armas de fogo, dos quais 59% representam jovens, demonstrando os riscos da portabilidade daquelas. Segundo o sociólogo Sergio Buarque de Holanda, o povo brasileiro, tende a valorizar mais a emoção do que a razão em sua forma de agir. Logo, com a introdução de políticas de armamento havería um crescimento considerável na prática de crimes por motivos banais, como brigas no trânsito, em bares e em estádios de futebol, ratificando a ineficácia da armada civil. É fundamental pontuar ainda, que o sentimento de confiança proporcionado pelo porte de armas é falacioso, uma vez que, as pessoas seriam impulsionadas por ideias ilusórias, colocando suas vidas e as de outros cidadãos em risco. Nos EUA, onde não se ver tantas restrições a compra dessas, são comuns os casos de assassinatos e chacinas promovidas por civis, provando que a facilitação no acesso aquelas não é uma boa alternativa. Além disso, em conformidade com a literatura Machadiana o homem é desprovido de virtudes, assim, a posse desses instrumentos em um país marcado pelas desigualdades sociais, pelo sucateamento do ensino público e pela deficiência na defesa governamental, ampliaria substancialmente a violência. Como indicado por Kant e Lamarck, a educação e o meio, respectivamente, são fatores determinantes na formação humana. Dessa maneira, é preciso que o Ministério da Educação promova campanhas midiáticas e palestras em locais públicos e em escolas que reforçe as políticas de desarmamento, explicando os riscos de armas de fogo. Ademais, é necessário que o Poder Legislativo desenvolva leis mais rigorosas que puna atravês de multas e de penas rígidas cidadãos que portem essas ilegalmente. Outrossim, é mister que o Governo Federal destine verbas para o aumento da fiscalização policial nas fronteiras por onde entram essas ferramentas e nas ruas com o intuito de rastrear pessoas que estejam utilizando revólveres sem registro e permissão, e atrelado a isso impulsione também a integração entre o exército, aeronáutica, marinha e as forças policiais do Brasil, com o propósito de realizar tarefas preventivas que evitem a circulação livre desses objetos. Desse modo, alcança-se-à uma verdadeira solução para opressão que ataca a realidade brasileira.